quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Direito ao Sumiço - Parte 2

Então, ainda se faz necessário mais tempo, mais tempo para mim! Há quase 3 meses não passo por aqui, mas tenho me lembrado sempre... Período esse ímpar, por tantos motivos, por tantas escolhas, por 1 entendimento...
Hoje li esse texto que publico agora, pareçe demais comigo.


FOLHINHA DE ABACATE NINGUÉM ME COMBATE!


Eu sou criança. E vou crescer assim. Gosto de abraçar apertado, sentir alegria inteira, inventar mundos, inventar amores. O simples me faz rir, o complicado me aborrece. O mundo pra mim é grande, não entendo como moro em um planeta que gira sem parar, nem como funciona o fax. Verdade seja dita: entender, eu entendo. Mas não faz diferença, os dias passam rápido, existe a tal gravidade, papéis entram e saem de máquinas, ninguém sabe ao certo quem descobriu a cor. (Têm coisas que não precisam ser explicadas. Pelo menos para mim). Tenho um coração maior do que eu, nunca sei a minha altura, tenho o tamanho de um sonho. E o sonho escreve a minha vida que às vezes eu risco, rabisco, embolo e jogo debaixo da cama (pra descansar a alma e dormir sossegada).

Coragem eu tenho um monte. Mas medo eu tenho poucos. Tenho medo de Jornal Nacional, de lagartixa branca, de maionese vencida, tenho medo das pessoas, tenho medo de mim. Minha bagunça mora aqui dentro, pensamentos dormem e acordam, nunca sei a hora certa. Mas uma coisa eu digo: eu não paro. Perco o rumo, ralo o joelho, bato de frente com a cara na porta: sei aonde quero chegar, mesmo sem saber como. E vou. Sempre me pergunto quanto falta, se está perto, com que letra começa, se vai ter fim, se vai dar certo. Sempre questiono se você está feliz, se eu estou bonita, se vou ganhar estrelinha, se posso levar pra casa, se eu posso te levar pra mim. Não gosto de meias-palavras, de gente morna, nem de amar em silêncio. Aprendi que palavra é igual oração: tem que ser inteira senão perde a força. E força não há de faltar porque – aqui dentro – eu carrego o meu mundo. Sou menina levada, sou criança crescida com contas para pagar. E mesmo pequena, não deixo de crescer. Trabalho igual gente grande, fico séria, traço metas. Mas quando chega a hora do recreio, aí vou eu... Escrevo escondido, faço manha, tomo sorvete no pote, choro quando dói, choro quando não dói. E eu amo. Amo igual criança. Amo com os olhos vidrados, amo com todas as letras. A-M-O. Sem restrições. Sem medo. Sem frases cortadas. Quer me entender? Não precisa. Quer me fazer feliz? Me dê um chocolate, um bilhete, um brinde que você ganhou e não gostou, uma mentira bonita pra me fazer sonhar. Não importa. Todo dia é dia de ser criança e criança não liga pra preço, pra laço de fita e cartão com relevo. Criança gosta mesmo é de beijo, abraço e surpresa! F.M.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

TURN OFF

É uma responsabilidade enorme desconectar-se, eu sei. Mas vida ao vivo é pra quem tem coragem. Coragem de arriscar. Cuidado em saber a hora certa de parar. Difícil? Pode ser. É um exercício diário que exige confiança e um amor incondicional por tudo o que somos e acreditamos. Uma aceitação suave dos próprios defeitos, um rir de si mesmo, um desaprender contínuo, um aprender sem fim sobre o que queremos da vida.  Esqueça. Se esqueça...
Eu sei pouca coisa da vida, mas uma frase eu sigo à risca: é preciso respeitar o próprio tempo. E eu respeito! Acredito no que diz o silêncio na hora em que a mente cala. E meu silêncio - que não é mudo e também escreve -  dita com voz desafiante: confie em si mesma. Quebre a rigidez. Ouse. Brinque. Viva o final de ano com mais leveza. E - por favor - desligue-se. Só assim você vai transformar vida em letra e letra em vida. E ter coragem e fôlego pra ser VOCÊ, no momento em que o mundo te atropelar sem licença e disser: CHEGOU A HORA!
F.M.

(Hoje nas minhas "férias" merecidas e planejadas senti um contentamento, coisa simples, me permiti passar a tarde assistindo a um documenrário sobre a vida, e que vida do compositor Herbert Viana, para aqueles que não sabem vocalista do Paralamas do Sucesso... Me emocionou por tudo o que vi e soube, pela riqueza da vida e da certeza do que eles faziam, pelo meu gosto e amor ao rock anos 80, pelo meu apreço, pela lição de amizade que a turma lá ensinou, pelo encontro de um amor que dura a vida toda, foi forte! Remeteu aos meus amigos, lembrei do dia que eu e a Hana fomos ao show deles e queríamos cantar e pular bem pertinho do palco e assim aconteceu... Remeteu a um vídeo que ganhei do Maurício tocando e cantando: Aonde quer que eu vá... Encheu minha alma... É viver... Pela satisfação em fazer brigadeiro com meus sobrinhos e entre uma colherada e outra aproveitar para conversar... Satisfação em receber de minha irmã um texto lindo e sensível sobre o prazer em viver, equilíbrio, trabalho x diversão...)

 

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Feliz Por Nada

(Para ler ouvindo Adele, a melodia é linda)

Confesso que estava errada e que meus dois braços pequenininhos não conseguem mesmo abraçar o mundo. Confesso que não sou auto-suficiente e tem dias que eu tenho medo. Muito medo. Medo do que ainda há de vir e do que eu quero que venha e talvez não aconteça. Tenho medo de parar de querer coisas.
E encarar nossas limitações é a melhor maneira de superá-las...
Confesso que estar feliz por nada é maravilhoso e que me sinto hoje assim! Talvez pela chuvinha gostosa que me acordou de madrugada com o ventinho no quarto e esse tempo nublado me fizeram parar e agradecer. Por Tudo e talvez por Nada.
Confesso também que não me lembrava mais como é bom ter encontros inusitados, gentilezas de graça, encantamentos entre duas pessoas que nunca se viram antes. E foi assim mesmo. Ele me carregou no colo literalmente... Ele me ajudou...
Confesso que não sabia que pessoas esperam dias, semanas, meses para dizer a outra o quanto a admira, a quer bem, que é interessante. E foi assim mesmo.
Confesso que há muito tempo atrás disseram para mim que tem mais alegria, dar do que receber. Dar o seu tempo, um sorriso, um abraço acolhedor, uma idéia, um incentivo, uma palavra amiga, um sim!
Confesso que somos nós mesmos que escrevemos nossa história...
Queria confessar tantas outras "coisas". Mas sobretudo quero confessar que hoje estou Feliz Por Nada!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Recomeços


Já que a semana está em branco e um novo dia sorri, vamos escrever a vida. Sem medo. Sem aquela expectativa surreal de ter-que-fazer-perfeito. Sem aquela cobrança de fazer tudo o que queremos (e não o que precisamos).

Que tal pararmos de pular a primeira página pra treinar a letra ideal? Vamos escrever do jeito que for, afinando e desafinando, errando e acertando e - sempre - amando e aceitando o melhor e o pior que existe em nós. Afinal, cada dia é um novo ano. E a gente merece ser feliz e recomeçar sempre.



(Quantas vezes for preciso).

domingo, 9 de outubro de 2011

Para quem você liga?

O telefone tocou logo cedo. Era a namorada, chorando. Tivera uma noite de sono ruim, chegara ao trabalho cansada e dera de cara com um problema sério, que parecia insolúvel. Bateu o desespero e ela ligou. Conversamos. Não havia o que fazer além de se acalmar e tentar resolver o caso. Disse isso a ela, juntei umas palavras de carinho e a ligação terminou de forma tranquila, uns minutos depois. Ela só precisava desabafar.
O significado dessa história cotidiana me parece da maior importância: é essencial ter alguém para quem ligar quando estamos aflitos, tristes ou perdidos. É fundamental ter com quem falar quando o mundo a nossa volta desmorona ou parece hostil e desanimador. Mesmo quando estamos felizes diante de uma notícia inesperada, ou de algo por muito tempo aguardado, temos necessidade de falar, contar, dividir. Para quem você liga nessas horas?
Nós damos uma importância enorme – e merecida – ao erotismo e ao romantismo nas nossas relações. Essas coisas são mesmo essenciais. Mas há outro componente na vida dos casais, igualmente fundamental, para o qual a gente nem sempre dá o devido valor. É a função de conforto e aconchego que o outro tem na nossa vida. É a proteção, ainda que subjetiva, que ela ou ele nos oferece. Quem ocupa essa posição detém uma das chaves da nossa existência. A pessoa para quem a gente faz a primeira ligação é uma pessoa essencial.
Faz algum tempo, uma amiga minha foi assaltada na porta da casa dela. A experiência foi assustadora, claro. Ela entrou no prédio apavorada, abriu a porta do apartamento chorando e correu para o telefone. Mas, em vez de ligar para o namorado, ligou para um colega do trabalho. Não foi pensado. Foi um impulso. Ela chamou a pessoa que ela gostaria de abraçar, a pessoa de quem precisava naquele momento. Só depois, quando a conversa com o colega acabou, ela se lembrou de ligar para o namorado. “O que isso significa sobre a minha relação com esses dois homens?”, ela me perguntou, uns dias depois. Eu achei que nem precisava responder. Significa, não?
Os telefonemas que a gente faz na hora do perrengue são reveladores. Eles exibem nossas conexões profundas, até mesmo as lealdades inconfessáveis. Se você acabou uma relação, mas ainda gosta da mulher, vai perceber um minuto depois de bater o carro. É para ela que você vai ter vontade de ligar. Se você conseguiu um tremendo emprego, não vai contar para o bonitão que conheceu no bar na semana passada. Vai ter vontade de ligar para o sujeito que sabe como isso é importante para você. E quando a gente bebe e fica insuportavelmente romântico e sentimental? Numa hora dessas, ninguém liga para pessoas estranhas. Comoção a gente divide com gente de confiança. Somos ridículos apenas com quem nos conhece muito bem.
Claro, nós não ligamos para uma única pessoa na vida. Temos vários interlocutores, para diferentes situações. Às vezes precisamos da franqueza de um amigo, outras vezes do apoio incondicional da mãe ou de um irmão. Quando os filhos crescem é gostoso dividir com eles coisas importantes, assim como ouvi-los em casa de dúvida. Quanto maior for essa agenda essencial, quanto maior o número de pessoas para quem se possa dar um telefonema íntimo, melhor. A minha impressão, porém, é que mesmo a família acolhedora ou amizades sólidas não substituem a cumplicidade de uma parceira emocional. Ter alguém especial para quem ligar faz toda a diferença – sobretudo quando as coisas parecem estar caindo sobre a nossa cabeça.
Na única vez que eu estive na China, anos atrás, houve um terremoto. Acordei com a cama sacudindo e percebi, apavorado, que o quarto inteiro do hotel tremia. Eu estava acima do 20º andar e pude ver o mundo balançando pela moldura da janela. Não recomendo a experiência. A coisa durou alguns terríveis segundos e cessou de repente. Alívio. Minha primeira reação, sentindo que tinha escapado da morte, foi sentar na cama e ligar para a ex-mulher, que estava no Brasil. Ela ouviu por três segundos e me interrompeu com uma ordem: “Larga esse telefone e corre pra rua! Pode ter outro terremoto logo em seguida!” Era uma criatura prática... Eu tinha ligado para dizer o quanto ela era importante, mas nem foi preciso. O ato de telefonar já dizia tudo, mesmo que eu não tivesse aberto a boca.

Ivan Martins

domingo, 2 de outubro de 2011

A vida que segue

É bom saber que tenho a capacidade de ousar.
De acreditar que posso. De ter coragem!
Sexta-feira terminei uma "etapa". Por decisão minha. Experiência que valeu muito a pena e me fez mais forte profissionalmente. É a minha vida que segue... E sou eu que dito as regras.

Vale postar essa foto, linda "diga-se de passagem", como uma lembrança cravada em mim e que não foi fácil decidir. Mas necessário.

Continuo a seguir. Feliz!

domingo, 18 de setembro de 2011

Desencontros e Encontros

Hoje em dia as pessoas estão bem mais exigentes em relação ao amor. Qualquer passo em falso Adeus! Não aceitamos erros alheios. Queremos que todos estejam conectados com as expectativas que estão altíssimas e não param de crescer. O que nos é possível não nos interesse. Almejamos o perfeito. O irreal. O ilusório. Queremos sempre o melhor, mesmo que não se adeque a nossa vida.
Estamos na verdade, na era da intolerância, do imediatismo e da falta de paciência.
no meio desse caos, esquecemos de uma coisa, para se relacionar é preciso de tempo, tolerância e uma dose generosa de bom senso. Não as pessoas não são descartáveis, não possuem manual de instruções!!!
A pergunta é, porque andamos tão exigentes. PQ? Será que no fundo temos medo de nos autoboicotarmos com situações que nunca irão dar em nada?
Será que estou de fato errada?
Cheguei a conclusão que nem sempre devemos colocar a culpa no outro, se as coisas não estão dando certo temos grande responsabilidades sobre elas.
Seria ridículo começar o velho discurso que queremos viver o amor, quando na verdade na maioria das vezes atraímos pessoas problemáticas e avessas a compromissos, sei que não é a regra, ufa! Mas do azar no amor ninguém foge.
Mas se o padrão prevalece, acredito que esteja na hora de rever os conceitos!!!
A gente acha o que na verdade procura. O melhor a fazer é nos voltarmos pra dentro. E repensarmos quem somos. E o que realmente queremos.
Ninguém gosta de aceitar suas culpas e assumir erros. Talvez esteja aqui porque me boicotei, as vezes inconsciente, e fugi do amor com medo de perder minha liberdade, por medo mesmo!!!rs
Entendo que viver o amor nada mais é do que conhecer a si mesmo profundamente e entender quem a gente é e o que nos faz bem.
Nós encontramos fora o que na verdade mora aqui dentro.