segunda-feira, 28 de março de 2011

Hoje à noite

Voltei para casa na certeza do que faria: estudar!!!
Chego e encontro um silêncio nada comum para minha casa, meus sobrinhos dormindo em plena 19h30m, vida boa...
Janto sozinha... os que estão em casa estão dormindo, exceto Sam, minha cadelinha que se aproxima lambendo meus pés... Desisto do que havia programado, na tv por assinatura passo canal por canal e só paro em filmes gênero comédia romântica: Ele não está tão a fim de vc(acho que o título é esse, rs) e acabo por encontrar, Bridgte Jhones No Limite da Razão! Já havia assistido, assim como: O Diário de Bridgte Jhones que li o livro também... dei várias risadas sozinha e me encontrei diversas vezes no filme...
Nada mal para uma segunda-feira!!!

Sobre onde estão as pessoas interessantes

"Não sei mais o que fazer das minhas noites durante a semana. Em relação aos finais de semana já desisti faz tempo: noites povoadas por pessoas com metade da minha idade e do meu bom senso. Nada contra adolescentes, muitos deles até são mais interessantes e vividos do que eu, mas to falando dos “fabricação em série”. Tô fora de dançar os hits das rádios e ter meu braço ou cabelo puxado por um garoto que fala tipo assim, gata, iradíssimo, tia.Tinha me decidido a banir a palavra “balada” da minha vida e só sair de casa para jantar, ir ao cinema ou talvez um ou outro barzinho cult desses que tem aberto aos montes em bequinhos charmosos. Mas a verdade é que por mais que eu ame minhas amigas, a boa música e um bom filme, meus hormônios começaram a sentir falta de uma boa barba pra se esfregar. Já tentei paquerar em cafés e livrarias, não deu muito certo, as pessoas olham sempre pra mim com aquela cara de “tô no meu mundo, fique no seu”. Tentei aquelas festinhas que amigos fazem e que sempre te animam a pensar “se são meus amigos, logo, devem ter amigos interessantes”. Infelizmente essas festinhas são cheias de casais e um ou outro esquisito desesperado pra achar alguém só porque os amigos estão todos acompanhados. To fora de gente desesperada, ainda que eu seja quase uma. Baladas playbas com garotas prontas para um casamento e rapazes que exibem a chave do Audi to mais do que fora, baladas playbas com garotas praianas hippye-chique que falam com voz entre o fresco e o nasalado (elas misturam o desejo de serem meigas com o desejo de serem manos com o desejo de serem patos) e rapazes garoto propaganda Adidas com cabelinho playmobil também to fora. O que sobra então? Barzinhos de MPB? Nem pensar. Até gosto da música, mas rapazes que fogem do trânsito para bares abarrotados, bebem discutindo a melhor bunda da firma e depois choram “tristeza não tem fim, felicidade sim” no ombro do amigo, têm grandes chances de ser aquele tipo que se acha super descolado só porque tirou a gravata e que fala tudo metade em inglês ao estilo “quero te levar pra casa, how does it sounds?” Foi então que descobri os muquifos eletrônicos alternativos, para dançar são uma maravilha, mas ainda que eu não seja preconceituosa com esse tipo, não estou a fim de beijar bissexuais sebosos, drogados e com brinco pelo corpo todo. To procurando o pai dos meus filhos, não uma transa bizarra. Minha mais recente descoberta foram as baladinhas também alternativas de rock. Gente mais velha, mais bacana, roupas bacanas, jeito de falar bacana, estilo bacana, papo bacana… gente tão bacana que se basta acha ninguém bacana. Na praia quem é interessante além de se isolar acorda cedo, aí fica aquela sensação (verdadeira) de que só os idiotas vão à praia e às baladinhas praianas. Orkut, MSN, chats… me pergunto onde foi parar a única coisa que realmente importa e é de verdade nessa vida: a tal da química. Mas então onde Meu Deus? Onde vou encontrar gente interessante? O tempo está passando, meus ex já estão quase todos casados, minhas amigas já estão quase todas pensando no nome do bebê,… e eu? Até quando vou continuar achando todo mundo idiota demais pra mim e me sentindo a mais idiota de todos? Foi então que eu descobri. Ele está exatamente no mesmo lugar que eu agora, pensando as mesmas coisas, com preguiça de ir nos mesmos lugares furados e ver gente boba, com a mesma dúvida entre arriscar mais uma vez e voltar pra casa vazio ou continuar embaixo do edredom lendo mais algumas páginas do seu mundo perfeito. A verdade é que as pessoas de verdade estão em casa. Não é triste pensar que quanto mais interessante uma pessoa é, menor a chance de você vê-la andando por aí?"
(Onde estão as pessoas interessantes by Tati Bernardi)

domingo, 27 de março de 2011

Sobre um último romance

A história de vida de Cornélia...

Hoje estava escutando música e toda vez que escuto a música “Último Romance” do Los Hermanos eu lembro da Cornélia. Cornélia é uma senhora holandesa de 81 anos que sentou ao lado de uma dessas mulheres num vôo que estava indo para Brasília. Cornélia pelo que entendi, é uma senhora encantadora que contou que o senhor sentado ao seu lado, de 83 anos, era seu marido há apenas 2 anos. Hã?
Assim que a "moça" viu os dois chegando de mãos dadas, ele ajudando ela a colocar o cinto de segurança pensou: queria tanto um amor pra vida inteira assim. Mas não, o Onofre não era o amor da sua vida inteira. Ela o conhecia há alguns anos, vizinhos de frente em um prédio de Brasília. Ela que veio morar neste país abençoado por Deus e bonito por natureza acompanhando o marido que era embaixador da Holanda no Brasil. Ele, gaúcho, que foi morar em Brasília por causa de seus mandatos de deputado federal, senador e Ministro da justiça.
Até que um dia Onofre ficou viúvo e poucos anos depois Cornélia ficou viúva também. Ela acabou sozinha com os filhos espalhados pelo mundo e ele idem.
Se encontravam quase todos os dias nos corredores do prédio e desses encontros a amizade de apenas vizinhos virou um romance, o último romance de ambos.
Ela então perguntou à moça se tinha namorado e ela disse que não e que estava muito difícil encontrar alguém que valesse a pena. Então quando foram se despedir , Cornélia disse bem baixinho: “Não se preocupe querida, o amor chega quando a gente menos espera. E mesmo quando você acha que já é o fim, um último romance pode chegar”. Sim, ela usou essa expressão last romance.
Imaginei então: agora Cornélia não fica mais sozinha, não pega vôos sozinha, não toma café da manhã sozinha, não sente saudades sozinha, não assiste TV todo dia sozinha. E até quem viu ela sentada em um avião sabe que ela o encontrou. E quem dirá que é tarde demais? E que é tão diferente assim? E só sair de casa pra eles já é se aventurar.


Los Hermanos no Cine I­ris - Ultimo Romance
http://www.youtube.com/watch?v=LkQV8ym9e5M

Domingo

* Pintei minhas unhas de vermelho...
* Cozinhei com meu sobrinho hoje, fiz risoto, ele a salada!!!
* Tirei do armário 2 livros para terminar a leitura, estavam guardados há vários meses, um deles tinha de ser Clarice L. o outro conta a busca de uma mulher por todas as coisas da vida, querendo tempo e espaço para descobrir quem era e o que queria realmente da da vida! Bem sugestivo, porque será? Rs
* Acabei de lembrar que preciso fazer outra leitura, essa sim obrigatória! Seminário nessa semana em pleno ambiente de trabalho-Falconi, mas estou sem saco.-
* Farei uma visita a minha amiga, daqui a pouco... conversar, trocar idéias, conselhos..
* Vale postar essa foto... gosto dela!

Reflexões na madrugada.

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas...
Que já têm a forma do nosso corpo...
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares...
É o tempo da travessia...
E se não ousarmos fazê-la...
Teremos ficado... Para sempre...
À margem de nós mesmos...
Fernando Pessoa

...Infelizmente não consigo "reproduzir" em palavras meus pensamentos... Fica para uma próxima vez!!!

Quando uma etapa chega ao fim

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto, às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas, porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te :
“Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão”

terça-feira, 22 de março de 2011

Desencontros

Há algum tempo houve... Fernanda se desencontrou com ela mesma. Como pode?
O reencontro aconteceu...

Distraído

Se você não se distrai, o amor não chega
A sua música não toca
O acaso vira espera e sufoca
A alegria vira ansiedade, E quebra o encanto doce
De te surpreender de verdade
Se você não se distrai, a estrela não cai
O elevador não chega, E as horas não passam
O dia não nasce,a lua não cresce
A paixão vira peste, O abraço, armadilha
Hoje eu vou brincar de ser criança
E nessa dança, quero encontrar você
Distraído, querido
Perdido em muitos sorrisos
Sem nenhuma razão de ser
Se você não se distrai,
Não descobre uma nova trilha
Não dá um passeio, Não rí de você mesmo
A vida fica mais dura
O tempo passa doendo
E qualquer trovão mete medo
Se você está sempre temendo
A fúria da tempestade, Hoje eu vou brincar de ser criança
E nessa dança, quero encontrar você
Distraído, querido
Perdido em muitos sorrisos, Sem nenhuma razão de ser
Olhando o céu, chutando lata
E assoviando Beatles na praça
Olhando o céu, chutando lata
Hoje eu quero encontrar você.
                                              Zélia Duncan